Critica | Resgate (Extraction, 2020)
Critica do filme Resgate ou Extraction, original Netflix com Chris Hemsworth. Resenha com comentários sem spoilers do longa produzido por Anthony Russo. A mais nova aposta de filme de ação da Netflix, um filme que bebe da mesma fonte de Rambo e John Wick. Disponível para assistir online na Netflix para quem é assinante do serviço de streaming.
Critica | Resgate (Extraction, 2020)
Resgate só é o melhor filme de ação da Netflix se você nunca assistiu um filme de ação da Netflix. Tem boas cenas de luta e um plano sequencia divertido. Mas fora isso é só um filme muito esforçado pra ser “maneiro e estiloso” mas peca em ser bastante datado em sua abordagem.
O estadunidense loiro, alto e branco vai a um país de outra etnia botar o terror e é visto como herói em um lugar onde curiosamente só existe vilão. Acho que já vi esse enredo em algum lugar, acho que foi no jogo Resident Evil 4, ou talvez tenha sido em todos os filmes de ação dos anos 80 onde o bom sendo passava longe e boa parte das reais motivações eram camufladas com muita ação e piada.
Não tem como negar o esforço de Chris Hemsworth, o ator realmente se entrega com o pouco que tem em mãos. Deve ser difícil trabalhar em cima de um personagem que é basicamente um algoritmo do que tem dado certo nos filmes de ação atualmente com uma pitada de conteúdo genérico dos anos 80. Hemsworth talvez não imaginava que estava servindo como protótipo para uma reimaginação de John Wick.
O herói que já vimos
A cada minuto que passava, eu me perguntava se estavam mesmo querendo se esforçar tanto para empurrar tantas cenas de ação, com coreográficas mirabolantes que já vimos em 3 filmes de John Wick, com um plano de fundo vilanizando o povo indiano e que isso estaria tudo bem. Talvez pensaram: “Claro, quem esta assistindo só quer ação, ninguém liga da gente colocar um cara branco como herói matando os indianos. Claro, ninguém liga, então vamos colocar crianças do mal também, por que ninguém liga mesmo, todo indiano é do mal mesmo”.
A preocupação de colocar o protagonista como um santo no altar é tanta, que até o encerramento é desnecessariamente meloso e desproporcional ao tom do filme. O desfecho consegue ser ainda mais atropelado e forçado. Para não deixar uma sensação de impunidade, resolvem aparar as arestas o mais rápido possivel e ainda deixar um gancho mixuruca para alimentar os sonhos molhados de quem clama por uma continuação.
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