Critica | Águas Profundas (2022)
Resenha critica do filme Águas Profundas (Deep Water, 2022). Direção: Adrian Lyne. Elenco: Ben Affleck, Ana de Armas, Tracy Letts, Rachel Blanchard e Lil Rel Howery. Sinopse: Baseado no romance de Patricia Highsmith, Deep Water segue Vic (Ben Affleck) e Melinda Van Allen (Ana de Armas), um casal que sente prazer em fazer brincadeiras psicológicas e estão passando por problemas no casamento, adiando um divórcio através da abertura do relacionamento. Melinda pode ter quantos amantes quiser, apenas havendo a regra de não abandonar a família que pertence. Em uma de suas escapadas, um dos amantes da mulher é achado morto e Vic acaba tomando o crédito, com a intenção de assustar a esposa e fazê-la voltar para casa. Após o assassino ser achado, Vic passa a ser a piada da vizinhança. Quando amantes de sua esposa começam a morrer de maneira misteriosa, a vida do rapaz sai de controle, tomando um caminho inesperadamente obscuro e tornando-o o principal suspeito pelo desaparecimento dos velhos e novos amantes da esposa.
Critica Águas Profundas (2022)
Relações amorosas são complexas, casais são comumente diferenciados entre monogâmicos e poligâmicos (com parceiro fixo ou mais), entre outras vertentes. Neste filme temos um casal onde possuem uma relação aberta mas que por alguma razão, não é tão aberta assim, existe um código entre os dois que não é bem explicado, uma regra não dita que funciona quase como um flerte psicológico, um jogo de poder, aparentemente absurdo e ao mesmo tempo aceitável para eles.
Esse filme me deixou dividido, pois todo contexto que envolve a história é muito interessante, o suspense é bem construído, o filme é muito tranquilo, não existe pressa, você precisa estar disposto a mergulhar nessas “aguas profundas” para absorver essa atmosfera caótica dos dois personagens. A briga interna, os joguinhos, funcionam como um tipo de quebra cabeça que esta com uma peça faltando mas que os dois resolvem continuar tentando montar.
O que mais impressiona no filme é ver como existem tantas participações de atores conhecidos, isso talvez tenha ajudado a compor melhor a ideia de importância a esses personagens pelo tão pouco tempo que aparecem, pois o público já conhece esses rostos.
A grande questão é que não existe questão. O filme é abstrato mas direto, simples mas de alguma força reflexivo, a impressão é que não chegamos a lugar algum mas por outro lado, a ultima cena explica todas as dúvidas, no final das contas, o filme dialoga bem com aquele ditado: “O combinado não sai caro”.
[yasr_overall_rating]
https://www.youtube.com/watch?v=7u9TT3GSxdg&ab_channel=PrimeVideoBrasil
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