Crítica | Faça Ela Voltar é suspense intenso, mas perde impacto no final

Depois do sucesso de Fale Comigo, considerado um dos melhores filmes de terror de 2023, os diretores Michael Philippou e Danny Philippou retornam com Faça Ela Voltar. Dessa vez, eles apostam em um suspense psicológico, menos voltado para o terror direto e mais para a tensão atmosférica. Isso pode frustrar quem espera algo tão impactante quanto o trabalho anterior, mas não deixa de entregar bons momentos.
O filme tem um começo forte, com uma narrativa envolvente que prende a atenção desde os primeiros minutos. O suspense é bem construído, inquietante e dirigido de forma que provoca curiosidade constante no espectador. A montagem também merece destaque por manter a consistência, e há algumas cenas de terror pontuais que surpreendem, mesmo sem fugir totalmente do comum.
O problema é que, quando o público entende para onde a trama está caminhando, o impacto se perde. O suspense ainda funciona, mas a partir do momento em que o conflito central se revela, a história se torna previsível e perde parte da atmosfera sombria que vinha sendo construída com tanto cuidado.
Faça Ela Voltar é um suspense intenso e bem dirigido, com uma atmosfera densa e perturbadora. Porém, o desfecho anticlimático enfraquece a experiência e faz com que o longa não alcance o mesmo nível de impacto que os Philippou conseguiram em Fale Comigo.
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