Critica | A Lenda de Ochi decepciona e foge do padrão da A24

Quando falamos em A24, já vem aquela expectativa de uma obra diferenciada, com proposta autoral e qualidade acima da média. Mas, infelizmente, A Lenda de Ochi foge um pouco desse padrão. O filme entrega uma proposta com tom místico e uma ambientação interessante, que no início até parece promissora, mas logo perde força e não consegue se sustentar.
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É impossível não reconhecer o cuidado técnico que o longa tem. Os efeitos práticos são lindos, a trilha sonora é impecável e a ambientação é, sem dúvidas, o que há de melhor aqui. São elementos que enchem os olhos e fazem você admirar cada cena visualmente.
No elenco, o nome de maior peso é Willem Dafoe, que sempre entrega bons trabalhos. Além dele, temos Finn Wolfhard, Emily Watson e Helena Zengel no papel principal. Apesar do elenco talentoso, o roteiro é raso, pouco desenvolvido e não consegue prender o espectador. Faltam acontecimentos, faltam diálogos que realmente envolvam e, principalmente, falta um desenvolvimento que dê sentido à jornada dos personagens.
O filme parece mais uma peça teatral filmada, com poucos recursos narrativos para manter o interesse. E tudo bem se essa for a proposta, mas a verdade é que não funciona para todo mundo. A relação da protagonista com a criatura até tenta trazer algum carisma, mas não é suficiente para segurar o peso de um filme inteiro.
No fim, A Lenda de Ochi se torna uma experiência visualmente bonita, mas extremamente vazia. Faltou roteiro, faltou desenvolvimento e sobrou tédio. Uma pena, porque poderia ter sido algo muito maior.
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