Crítica | Quarteto Fantástico: Primeiros Passos é uma estreia morna no MCU

Quarteto Fantástico: Primeiros Passos marca o retorno da equipe ao cinema, agora sob o selo da Marvel Studios. Sem mais o argumento de que os direitos pertenciam à Fox, a expectativa era grande: finalmente teríamos uma adaptação definitiva do grupo mais icônico da Marvel? A resposta, infelizmente, é mais contida do que se esperava.

O filme acerta em alguns pontos, principalmente ao introduzir os personagens de forma funcional sem perder muito tempo com origens. A trama começa quatro anos após os protagonistas ganharem seus poderes, mas tudo se passa em um universo alternativo, o que enfraquece o impacto da narrativa. A sensação é de que a história está isolada e que suas consequências pouco influenciam no todo do MCU, o que tira peso da experiência.

O elenco tem bons momentos. Vanessa Kirby brilha como a Mulher Invisível e Pedro Pascal entrega um Senhor Fantástico carismático, ainda que contido. Joseph Quinn tem participações pontuais como Tocha Humana, enquanto Ebon Moss-Bachrach, o Coisa, é reduzido a um alívio cômico e pouco explorado, um desperdício para um personagem tão icônico.

O grande problema do filme, porém, é a construção da ameaça. Galactus, o vilão que deveria causar impacto, tem sua presença diluída, e mesmo a Surfista Prateada, que tem forte presença visual, é pouco aproveitada. O resultado é um antagonismo sem peso real, o que diminui o potencial dramático do longa.

Quarteto Fantástico: Primeiros Passos tenta se posicionar como um “filme família”, mas acaba parecendo um projeto menor do que deveria ser, envolto em uma narrativa rasa. Falta ambição, identidade e principalmente emoção. Ainda que tecnicamente seja um filme correto, ele não entrega nada realmente novo, e fica atrás até mesmo das versões dos anos 2000, que, com todos os seus defeitos, tinham mais alma e carisma.




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