Critica | Premonição 6: Laços de Sangue resgata a franquia, mas deixa pontas soltas

Depois de 14 anos de espera, Premonição 6: Laços de Sangue finalmente chegou aos cinemas com a promessa de trazer respostas que os fãs esperavam há muito tempo. E só o fato desse filme existir já é uma conquista para quem acompanha a franquia desde o início.

O longa aposta em uma abordagem voltada para um público mais jovem, mas ainda assim entrega elementos que vão agradar aos fãs antigos, como as respostas sobre William Bludworth, o personagem misterioso presente desde os primeiros filmes, e até sobre como tudo começou. Esses momentos são o grande destaque para quem acompanha a história há anos.

As mortes continuam sendo criativas, algumas até surpreendentes, o que é marca registrada da franquia. No entanto, o suspense que sempre acompanhava essas cenas parece ter enfraquecido. Os efeitos visuais, em certos momentos, lembram produções mais exageradas como Arraste-me para o Inferno, o que tira um pouco da tensão. A presença da Morte, que sempre foi quase um personagem, aqui está menos evidente.

O maior problema do filme é a protagonista. Stefani, vivida por Kaitlyn Santa Juana, não tem carisma e exagera nas expressões. Isso atrapalha cenas importantes, que acabam perdendo força. Por outro lado, a personagem Iris (Brec Bassinger) é um dos pontos altos do elenco, mas infelizmente é pouco aproveitada. Os personagens secundários, inclusive, parecem ter mais potencial do que a própria protagonista.

O roteiro é ágil e divertido, e isso pode conquistar um novo público que talvez nunca tenha visto os filmes anteriores no cinema. Mas quem esperava um filme mais maduro, com mais respostas e participações marcantes, talvez se decepcione. Ainda assim, Laços de Sangue cumpre um papel importante: renova a franquia para uma nova geração e abre caminho para novas histórias. É um recomeço promissor, mesmo com tropeços no caminho.




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