A Jaula (2022) | Critica

Resenha critica do filme A Jaula (2022). Sinopse: O jovem Djalma (Chay Suede) vê um luxuoso veículo estacionado em uma rua quase deserta e resolve roubar o rádio do carro. Ele consegue invadir o veículo com vacilade, mas ao tentar sair percebe que está preso. Sem comunicação com o mundo exterior, água e comida. No decorrer das horas seguintes, Djalma se dá conta que caiu em uma armadilha. Um famoso médico (Alexandre Nero) foi quem a arquitetou e ele terá que lutar por sua liberdade e sobrevivência.

A Jaula Critica

Adaptação do filme argentino ‘4×4: Bienvenido a bordo (2019)‘, o longa brasileiro ‘A Jaula‘ faz uma critica sobre o jornalismo sensacionalista e a intolerância vingativa do dito “cidadão de bem”. Localizado em apenas um cenário, dentro de um carro, o filme constrói bem a narrativa protagonizada por Chay Suede, que esta sensacional como o personagem Djalma, atuação primorosa onde o ator se entrega por completo mas tudo com a ajuda do diretor João Wainer, que sabe bem como manusear a câmera, destacando o ator com plano fechado, fazendo também com que o lugar apertado, se torne ainda mais sufocante.

É um thriller bem empolgante, que não demora muito para mostrar para que veio, o filme sabe bem para onde quer ir, claro que por ser uma obra adaptada de outra pode ser que seja mais fácil seguir uma formula pronta, mas ainda sim ‘A Jaula‘ tem o seu valor justamente por ser um filme nacional bem provocativo e que reflete muito em discussões polarizadoras da atualidade. Existe uma mensagem clara e o filme segue baseando o seu ponto de vista nisso, cabe ao espectador entender essa mensagem.

Infelizmente o pôster não faz jus a qualidade do filme, talvez por causa dele muitas pessoas não terão interesse de assistir, mas aos que não julgam o livro pela capa, certamente serão surpreendidos positivamente.

‘A Jaula‘ é longo mas não a ponto de estragar o final, a narrativa soa as vezes um tanto repetitiva demais no discurso, mas a intenção de realizar uma provocação sobre a situação atual do Brasil é algo relevante mesmo que não seja nada novo. Ainda sim, o filme acerta praticamente tudo que se próprio a fazer, desde atuações, enquadramento de câmera, fotografia e trilha, até pequenas reviravoltas que funcionam demais e só acrescentam a narrativa, deixando quem assiste ainda mais empolgado pelo que deve acontecer em diante.

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