Quem Vai Ficar com Mário? (2021) | Critica
Resenha Critica do filme Quem Vai Ficar com Mário? (2021). Filme gay da Amazon Prime Video. Direção: Hsu Chien. Elenco: Daniel Rocha, Felipe Abib, Rômulo Arantes Neto, Leticia Lima, Nany People, Elisa Pinheiro, Marcos Breda. Sinopse: Mario decide contar à família a verdade sobre si mesmo. Mas quando ele finalmente está pronto para sair na frente de toda a família, seu irmão mais velho, Vicente, estraga seus planos.
Quem Vai Ficar com Mário? (2021) | Critica
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Antes mesmo de assistir o filme, já da pra ter uma pequena ideia do que nos aguarda. Assim como Green Book é uma completa passassão de pano para racista, Quem Vai Ficar com Mário? também bebe da mesma fonte, mas aqui o coitado é o homofóbico, que mesmo reproduzindo diversas ofensas durante toda a duração do longa, ainda são convertidos a homossexuais, como se todo homofóbico no fundo fosse gay ou algo parecido, colocando a culpa da homofobia nos próprios gays. É, esse filme já nasceu datado.
É tão complicado assim fazer uma história de um cara gay que precisa se assumir e encontra dificuldades para isso e no fim ele continua sendo gay? Parece que o roteiro constantemente joga a responsabilidade afetiva do protagonista para possibilidades que não foram apresentadas a ele, e é só aparecer uma mulher que magicamente ele deixa de ser gay e passa a “se apaixonar por pessoas”. Poderia ser uma história linda sobre pansexualidade ou até mesmo Bissexualidade, mas esse artificio só é usado para deixar o ator Daniel Rocha mais confortável em dar um beijo de língua em uma mulher do que em um homem, pois nas 1h45 de duração, tudo que temos são selinhos sem vida e quase de amigos.
As muitas piadas transfóbicas, colocadas na boca de uma pessoa trans apenas para deixar tudo mais leva, não deixa de ser algo negativo e sem proposito. Os diálogos parecem ter sido escrito para uma plateia, já que os personagens não agem naturalmente e constantemente posam e soltam uma frase de efeito ala Zorra Total. Fora todas as problemáticos de gays afeminados servirem apenas como alivio cômico.
O filme pode sim ser bem visto pelo público geral, pois é bem didático e transforma tudo de ruim em algo bom como um passe de mágica, tudo acaba em festa sem qualquer construção básica – mesmo tendo tempo o suficiente para isso – e acaba deixando um sentimento de que “somos todos iguais”, o que na vida real é bem diferente.
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