Springsteen: Salve-me do Desconhecido é um biográfico sem alma e sem propósito

Um filme que não sabe para quem fala

O grande desafio de filmes biográficos sobre artistas pouco conhecidos fora de seus países de origem é justamente conquistar um público que não seja apenas o de fãs. Em Springsteen: Salve-me do Desconhecido, essa tarefa é completamente ignorada. O longa não se preocupa em apresentar Bruce Springsteen a quem não conhece sua trajetória e, por isso, torna-se difícil se envolver com a história. A narrativa segue sem explicações, sem contexto e sem apelo emocional, o que transforma a experiência em algo cansativo e vazio.

Springsteen Salve-me do Desconhecido

Falta de ritmo e de propósito

A estrutura do filme é desinteressante desde o início. A trama se arrasta em um fluxo sem direção, composta basicamente por apresentações em bares, encontros aleatórios e cenas que pouco acrescentam à jornada do protagonista. Falta ritmo, intensidade e, principalmente, propósito. A tentativa do roteiro de inserir flashbacks da infância de Springsteen para criar empatia soa forçada e não traz profundidade.

Springsteen Salve-me do Desconhecido

Jeremy Allen White não se destaca

Jeremy Allen White entrega uma atuação correta, mas nada marcante. O ator, conhecido por papéis mais intensos, não encontra espaço para desenvolver nuances ou explorar a complexidade do personagem. Sua performance é funcional, mas previsível, e o filme não lhe dá material suficiente para ir além do básico.

Springsteen Salve-me do Desconhecido

Uma experiência esquecível

O problema de Springsteen: Salve-me do Desconhecido é que ele não tem identidade. É apenas mais um filme biográfico que repete fórmulas conhecidas, sem emoção ou relevância. Falta alma, falta história e, acima de tudo, falta razão para existir. O resultado é um longa genérico, cansativo e sem impacto, que dificilmente desperta curiosidade até mesmo nos mais dedicados fãs do músico.




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