Flávio Bolsonaro ataca Alexandre de Moraes às vésperas do julgamento de Jair Bolsonaro
O senador Flávio Bolsonaro opta por atacar Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), às vésperas do julgamento de seu pai na corte. Durante a sabatina de Cristiano Zanin, advogado indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF), ele aproveita a oportunidade para criticar o magistrado.
O filho do ex-presidente compara o caso de seu pai com o da chapa Dilma-Temer em 2017, que não foi cassada devido à decisão de que novas evidências apresentadas após o início do processo não poderiam ser consideradas.
“Eu tenho esperanças de que o TSE, especialmente o ministro Alexandre de Moraes, julgará a ação movida pelo PDT com a mesma imparcialidade com a qual julgou a ação do PSDB em 2017, que permitiu a permanência de Temer no poder e, consequentemente, levou Alexandre de Moraes a ocupar seu cargo atual no Supremo Tribunal Federal”, expressa o senador.
No processo contra Bolsonaro, o relator do caso, Benedito Gonçalves, considera a existência de um plano golpista encontrado na residência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, além do conteúdo da reunião com embaixadores que desencadeou a ação. Flávio argumenta que “foram inseridas narrativas de supostos atos antidemocráticos que não se sustentam, uma vez que em 1º de janeiro de 2023 o Brasil já tinha um novo presidente da República”.
Após defender seu pai, o senador questiona Zanin se ele acredita que “processos com provas apresentadas fora do prazo legal devem ser considerados nulos”.
Além disso, Flávio também levanta questões sobre a postura de Zanin em relação à polêmica prática conhecida como “fishing expedition” (“expedição de pesca”, em tradução livre). “No âmbito jurídico, trata-se de lançar uma rede e ver o que se consegue pegar, mesmo sem ter qualquer fundamento. É como quando se diz que vai buscar um cartão de vacinação na casa de alguém e acaba apreendendo o telefone celular”, afirma o senador.
A referência feita por Flávio diz respeito à investigação sobre fraude no cartão de vacinação de Bolsonaro. Durante a operação, a Polícia Federal apreendeu o celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.
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