Bolsonaro usa e-mail com nome do Lula em registro de vacinação falsificado

O registro de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra a Covid-19, realizado em São Paulo, traz o nome do atual chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo um boletim de ocorrência da Prefeitura da capital. Além disso, a ficha de imunização contém o e-mail “[email protected]” como contato.

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No entanto, a Polícia Federal deflagrou uma operação na quarta-feira (3 de maio de 2023) para investigar um possível esquema de fraude nos dados de vacinação de Bolsonaro e de seus familiares. De acordo com o boletim de ocorrência da Prefeitura de São Paulo, o CPF, nome e data de nascimento presentes na ficha de vacinação são iguais aos de Bolsonaro, mas o ano de nascimento está incorreto.

A prefeitura afirmou que o uso de um e-mail com endereço contendo a palavra “Lula” chamou a atenção. A ficha de vacinação indica que Bolsonaro recebeu o imunizante da Janssen na UBS do Parque Peruche, na Zona Norte de São Paulo, em 19 de julho de 2021. No entanto, a pessoa responsável pela imunização nunca trabalhou na unidade de saúde indicada no sistema, e o lote citado não foi disponibilizado em São Paulo. A UBS afirmou não ter atendido o ex-presidente.

Em 19 de julho de 2021, Bolsonaro estava em Brasília. Embora tenha ficado internado em São Paulo na época, ele recebeu alta em 18 de julho e retornou à capital federal.

A operação Venire, deflagrada pela Polícia Federal, cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva, incluindo uma na residência de Bolsonaro em Brasília. O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi preso, juntamente com outras cinco pessoas.

Segundo a PF, as alterações nos cartões de vacinação ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, o que resultou na alteração da verdade sobre a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários. Bolsonaro negou qualquer adulteração em seu cartão de vacinação e afirmou que sua filha Laura, de 12 anos, não foi vacinada contra a Covid-19. Ele também disse que somente Michelle Bolsonaro tomou o imunizante da Janssen nos Estados Unidos.

Além disso, em um desdobramento da operação, a PF e a Controladoria Geral da União investigam outro registro de dados falsificados de vacinação contra a Covid-19 por Bolsonaro, também feito em São Paulo. Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF, afirmou que essas situações aparentemente envolvem o mesmo grupo.




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