Critica do filme ‘Sem Ar’ (The Dive, 2023)
Resenha critica do filme Sem Ar (The Dive, 2023). Sinopse: Uma viagem de mergulho em alto mar se transforma em uma luta pela sobrevivência de duas irmãs. Ao ocorrer um catastrófico deslizamento de terra, rochas caem no oceano e as prendem abaixo da superfície.
Critica do filme Sem Ar (2023)
“Sem Ar” faz parte do subgênero de filmes sobre desastres situacionais, onde duas ou mais pessoas enfrentam uma situação extrema e precisam encontrar uma maneira de escapar. Este ano já vimos outro filme com uma premissa semelhante, “A Queda“, da mesma distribuidora, que também proporciona uma experiência apreensiva. “Sem Ar” é um remake do filme sueco “Além das Profundezas” de 2020 e segue praticamente a mesma história, com algumas pequenas alterações. É um filme que mantém o espectador tenso, mas peca na construção de suas protagonistas.
O principal problema do filme está na falta de desenvolvimento das personagens. A história de fundo das protagonistas é pouco explorada, deixando para pequenos trechos de flashbacks que são mal utilizados. Isso dificulta a conexão do espectador com as personagens e sua empatia por elas, já que não há um bom trabalho em explicar quem são essas pessoas. O roteiro concentra-se principalmente na situação em si e em como as personagens tentam escapar.
Se você não conhece o filme original, “Além das Profundezas“, provavelmente terá uma experiência melhor com “Sem Ar“, pois não fará comparações inevitáveis que podem prejudicar a imersão no filme.
A ambientação é uma das melhores qualidades do filme, conseguindo transmitir a sensação de estar no fundo do mar, com sua escuridão traiçoeira.
No entanto, as muitas tentativas frustradas das personagens de resolver seus problemas acabam tornando o filme um pouco cansativo. O diretor Max Erlenwein optou por explorar essas tentativas para prolongar a trama e torná-la mais atraente, mas depois de um tempo, isso pode se tornar um pouco monótono.
“Sem Ar” é um remake que funciona dentro de sua proposta de recontar uma história que não tem muito a oferecer. Ele aborda questões de ansiedade, abandono e relações tóxicas, usando a falta de ar nas profundezas do mar como uma metáfora para a sensação de sufocamento nessas relações.
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