A FILHA DO PALHAÇO, de Pedro Diógenes, será exibido na 46ª Mostra
Dirigido por Pedro Diógenes (Pajeú, Inferninho), A FILHA DO PALHAÇO chega na 46ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, com exibições nos dias 25 e 26 de outubro. Longa teve sua primeira sessão no país na abertura do 32º Cine Ceará, premiando com a melhor atuação masculina o ator cearense Demick Lopes. A produção é da Marrevolto Filmes, em associação com a Pique-Bandeira Filmes, e a distribuição é da Embaúba Filmes. O filme chega ao circuito nacional em 2023.
Mais que Amigos (2022) | Critica
Protagonizado pela estreante Lis Sutter e Demick Lopes (Greta, Inferninho), o filme também tem no elenco Jesuíta Barbosa, Jupyra Carvalho, Ana Luiza Rios e Valéria Vitoriano, entre outros. A trama traz, como personagem principal, Joana, uma adolescente que vai passar uma semana com seu pai, Renato, um humorista que interpreta uma personagem chamada Silvanelly. Esse tempo juntos, será a oportunidade para se conhecerem melhor.
Diógenes conta que as origens de A FILHA DO PALHAÇO estão em 2012, e, nesses dez anos, muitas coisas aconteceram com o projeto do filme e sua própria vida pessoal: “O nascimento da minha primeira filha, a morte do meu pai e o fato de ter vivido toda minha vida na cidade de Fortaleza, conhecida no Brasil como terra do humor. Foi das misturas dessas experiências que nasceram Joana e Renato, personagens moldados por suas respectivas faltas, mas que, através da convivência, redescobrem os sentimentos da paternidade e o amor.”
O roteiro é assinado pelo diretor, Amanda Pontes e Michelline Helena, e o personagem Renato é inspirado no primo do diretor, Paulo Diógenes, humorista que se apresenta há mais de 30 anos com a personagem Raimundinha em Fortaleza, e é um dos precursores desse tipo de humor no Ceará.
“O impulso inicial de trazer um personagem duplo para o centro da trama vem justamente da minha experiência na relação familiar e artística com meu primo. E a persona cômica revela muito as contradições do indivíduo assim como reflete criticamente a sociedade em que ele se insere.”
Ao longo da construção de A FILHA DO PALHAÇO, o filme tomou um caminho pela relação entre pai e filha. “O filme retrata o impacto de um na vida do outro através do amor e da convivência, dos pequenos gestos passados de pai para filha e nas lições tomadas pelo Renato através da Joana. O desejo é mostrar a influência que uma filha pode exercer, num caminho supostamente inverso, sobre um pai também ainda em processo de formação e descoberta, apesar de sua idade e experiência.”
As vidas do pai e da filha se transformam a partir dessa semana de convívio, quando passam a se conhecer melhor, e lidar com questões pendentes entre eles, como a superação dos traumas da separação, a aceitação da homossexualidade e a revolução do amadurecimento juvenil.
“Dois personagens em pontas opostas da vida que encontram um ponto de contato comum na ideia de que os sentimentos transmitidos de parte a parte são únicos, explicam sua existência até ali e projetam a possiblidade de um futuro diferente para ambos.”
A equipe artística de A FILHA DO PALHAÇO conta ainda com Victor de Melo (Inferninho), na fotografia, Amanda Pontes e Caroline Louise (Com punhos cerrados), na produção executiva, Thaís de Campos (Cabeça de Nêgo) assina a direção de arte, e Lia Damasceno (Doce Amianto), o figurino. A montagem é de Victor Costa Lopes (Inferninho), e a trilha sonora de Cozilos Vitor e João Victor Barroso.
A FILHA DO PALHAÇO será lançado no Brasil pela Embaúba Filmes
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