Crítica – Operação Vingança entrega ação eficiente com Rami Malek em um papel sob medida

Operação Vingança chega aos cinemas prometendo ação e espionagem em clima de thriller clássico. Estrelado por Rami Malek, ao lado de nomes de peso como Rachel Brosnahan, Jon Bernthal e Laurence Fishburne, o filme dirigido por James Hawes aposta em uma narrativa familiar, mas bem executada — aquele “arroz com feijão” bem temperado que agrada quem curte o gênero.

No início, a escalação de Rami Malek pode causar estranheza. Sua presença normalmente é marcada por atuações mais introspectivas, e ele não costuma ser o nome que vem à mente quando pensamos em filmes de ação. No entanto, aqui, sua performance encaixa perfeitamente. Seu olhar distante e postura contida adicionam camadas ao personagem, sugerindo nuances psicológicas que o roteiro insinua, mas nunca revela de fato. Essa ambiguidade funciona, tornando Malek uma escolha acertada.

A trama, por si só, não reinventa nada. Não há grandes reviravoltas ou um elemento realmente novo dentro do universo dos filmes de espionagem. No entanto, o filme acerta ao saber exatamente o que quer ser: um suspense direto, com boa direção, ritmo bem dosado e elenco afinado. O destaque vai também para a construção de tensão em momentos-chave, mérito da direção segura de James Hawes.

Operação Vingança pode não ser um marco no gênero, mas entrega exatamente o que propõe. Para quem busca um thriller com ritmo, boas atuações e um roteiro redondo (ainda que previsível), é uma pedida certeira.




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