Mion critica prisão de Leo Lins: “Não faz sentido”

Apresentador discorda de condenação criminal por piadas, mas reprova estilo ofensivo do humorista

Marcos Mion se manifestou publicamente contra a condenação de Leo Lins à prisão por discurso de ódio. Apesar de criticar duramente o estilo de humor do comediante, o apresentador acredita que punição criminal por piadas é uma medida desproporcional.

Deborah Secco Nua

Renata Fan Nua

Bruna Marquezine Nua

Juliana Paes Nua

Condenação de Leo Lins gera polêmica

A Justiça de São Paulo sentenciou o humorista Leo Lins a oito anos e três meses de prisão em regime fechado, além de multa e indenização por danos morais coletivos, por conta de declarações consideradas preconceituosas feitas durante apresentações de stand-up.

Entre os alvos do comediante estavam pessoas com deficiência, como autistas — grupo ao qual pertence Romeo, filho de Marcos Mion, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Mion desaprova o estilo, mas critica a pena

Em desabafo nas redes sociais, Mion reconheceu que não aprova o estilo de Lins, a quem acusou de fazer humor baseado em “escárnio, choque e absoluta falta de respeito”. Ainda assim, destacou que condenar alguém criminalmente por piadas é “um ultraje”.

“Você pode processar, criticar, até se indignar. Mas condenar à prisão por uma ‘piada’ não faz nenhum sentido”, afirmou.

O apresentador relembrou ainda que já teve desentendimentos com Leo Lins no passado, especialmente após piadas ofensivas envolvendo crianças com autismo.

Histórico de polêmicas

Essa não é a primeira vez que Leo Lins enfrenta problemas judiciais por seu conteúdo. Em 2020, ele foi condenado a pagar R$ 44 mil a uma mãe de criança autista após piadas consideradas ofensivas. Na ocasião, Mion também se pronunciou, chamando o humorista de “irresponsável”.

Leo Lins reagiu às críticas com ironia e chegou a usar falas de Mion em um vídeo promocional de seus shows. Nas redes sociais, escreveu: “Hoje a fórmula é: piada + palco de humor + comediante + não faz parte do meu grupo = crime.”

Humor com limites?

A controvérsia reacende o debate sobre os limites da comédia, a liberdade de expressão e as consequências legais de conteúdos considerados ofensivos. Enquanto parte do público defende a liberdade do comediante, outros exigem mais responsabilidade com o impacto de suas palavras, principalmente sobre minorias.




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