Gleisi Hoffmann Explica Fala Polêmica Sobre a Justiça Eleitoral
Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT e deputada federal, utilizou suas redes sociais nesta quinta-feira (21) para explicar sua polêmica declaração sobre a Justiça Eleitoral, proferida durante um debate na Câmara dos Deputados na última quarta-feira (20). A declaração gerou críticas e uma nota de repúdio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), assinada pelo ministro Alexandre de Moraes.
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Contexto do Debate
Durante o debate sobre a PEC da Anistia, que busca aliviar as cobranças sobre os partidos políticos que não cumpriram cotas de candidatas mulheres, Gleisi Hoffmann tentou destacar a diferença de orçamento entre a Justiça Eleitoral e os partidos políticos. No entanto, sua fala deu a entender que ela estava defendendo a extinção da Justiça Eleitoral.
Explicação de Gleisi Hoffmann
Em sua explicação, Gleisi argumentou que houve interferência indevida dos órgãos técnicos da Justiça Eleitoral na autonomia dos partidos políticos, impondo interpretações sobre a vontade de dirigentes e candidatos e estipulando multas em valores elevados que prejudicam o funcionamento das legendas. Ela alegou que essas multas, ao invés de corrigir, inviabilizam o funcionamento dos partidos políticos, que são essenciais para a democracia.
Além disso, Gleisi destacou as diferenças orçamentárias entre a Justiça Eleitoral e os partidos políticos, afirmando que o orçamento da Justiça Eleitoral é nove vezes maior do que o valor destinado aos fundos que financiam os partidos. Ela questionou se esse alto custo da estrutura que fiscaliza os partidos justifica a aplicação de multas tão elevadas.
Por mais relevante que seja o papel da Justiça eleitoral, seu funcionamento está sujeito ao escrutínio da sociedade, como o de qualquer instituição. Ontem, na Comissão da Câmara que examina a PEC 9, apontei duas questões:
1)A intervenção indevida dos órgãos técnicos da Justiça…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) September 21, 2023
A PEC da Anistia, também conhecida como PEC 9, propõe a anulação das punições aos partidos políticos que não cumpriram cotas de candidaturas para pessoas negras e mulheres. A proposta foi debatida na Câmara dos Deputados, mas a votação foi adiada e ainda não há previsão para ocorrer. A PEC precisa da aprovação de 308 deputados em duas votações no plenário da Câmara e deve ser aprovada no Senado até 6 de outubro para já valer nas próximas eleições.
A declaração inicial de Gleisi Hoffmann gerou controvérsia e repercutiu entre políticos e nas redes sociais, destacando a importância dos debates em torno da Justiça Eleitoral e do sistema político brasileiro.
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