Crítica | Amores Materialistas: nem tão divertido, nem tão romântico

Amores Materialistas se vende como uma comédia romântica, mas logo mostra que está mais para um drama leve sobre escolhas, expectativas e o valor de se entregar a um amor verdadeiro, mesmo quando ele não vem acompanhado de status ou riqueza. O filme é protagonizado por Dakota Johnson, que se vê dividida entre os personagens de Pedro Pascal e Chris Evans.

A direção é de Celine Song, conhecida pelo elogiado Vidas Passadas, e aqui ela entrega uma história bem mais simples, mas ainda assim sensível. O roteiro vai direto ao ponto, sem grandes mistérios: a trama é fácil de entender e previsível desde o início. Isso, no entanto, diminui bastante o impacto da narrativa, já que não há surpresas, viradas ou decisões ousadas ao longo do caminho.

Um dos pontos positivos é a trilha sonora, que combina bem com o clima melancólico e delicado da história. A fotografia também merece destaque, trazendo uma estética bonita e refinada, que combina com o tom do filme.

O maior problema aparece no desfecho. A certa altura, já dá para imaginar como tudo vai terminar. Mesmo assim, o filme tenta emplacar vários finais em sequência, o que dilui o peso emocional e faz a conclusão parecer arrastada e indecisa.

Amores Materialistas não é ruim, mas também não entrega o que promete. Ao invés de uma comédia romântica leve e divertida, o que se vê é um drama previsível e por vezes cansativo, que se apoia na beleza visual e na trilha sonora para manter algum charme até o fim.




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