Com medo, Bolsonaro esta há 2 dias de silêncio nas redes sobre caso das joias

Após mais de 48 horas desde o desdobramento da operação da Polícia Federal que visou aliados em relação ao caso das joias, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) optou pelo silêncio nas redes sociais a respeito do assunto. Esta situação destoa da postura adotada por Bolsonaro e seus filhos em outros momentos, quando foram ativos em questões políticas antes, durante e após seu mandato. A medida ocorre logo após a Polícia Federal requisitar a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Bolsonaro e de sua ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, no âmbito da investigação.

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No último sábado (12), o ex-mandatário utilizou suas redes sociais para publicar um vídeo no qual aparece abraçando uma criança e desejando um “bom sábado a todos”. Entretanto, não fez menção alguma às diligências realizadas contra seus aliados na sexta-feira (11).

No domingo (13) pela manhã, Bolsonaro compartilhou um vídeo com imagens de seus familiares, desejando um “Domingo repleto de momentos inesquecíveis a todos!”. Contudo, ele não abordou o tema das joias ou a operação policial em suas postagens.

Defesa de Bolsonaro e Reações no Meio Político

A defesa de Jair Bolsonaro emitiu um comunicado no qual afirmou estar disposta a colaborar com as autoridades, disponibilizando informações sobre a movimentação bancária do ex-presidente. A defesa destacou que Bolsonaro nunca se apropriou ou desviou bens públicos. Ressaltou ainda que ele voluntariamente entregou joias ao Tribunal de Contas da União (TCU) em março deste ano, aguardando decisões sobre o tratamento dos itens.

As reações ao silêncio de Bolsonaro foram diversas. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) republicou a nota de defesa do pai, mas aproveitou suas redes sociais para criticar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), relançado pelo presidente Lula (PT) no mesmo dia em que a operação policial, denominada “Lucas 12:2”, foi deflagrada.

Por outro lado, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não republicaram a defesa do ex-presidente e também não se manifestaram sobre o assunto.

A Operação da Polícia Federal e Implicações Futuras

A operação da Polícia Federal é a fase final de uma investigação que pode resultar na acusação de Bolsonaro como líder de uma organização criminosa. Durante a operação, foram alvo de diligências o general Mauro Lourena Cid e seu filho, o ajudante de ordens Mauro Cid, o advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef, e Osmar Crivelatti, tenente do Exército e que também atuou na ajudância de ordens da Presidência.

A investigação aponta que o grupo ligado a Bolsonaro enviou para fora do país, por meio de viagens aos Estados Unidos em julho e dezembro do ano passado, conjuntos de presentes que teriam sido posteriormente vendidos em lojas especializadas em joias de alto valor. Os valores resultantes dessas vendas foram, de acordo com a apuração, convertidos em dinheiro e inseridos nos patrimônios pessoais dos investigados de maneira a evitar o sistema bancário tradicional e ocultar a origem dos valores.

Até o momento, os envolvidos têm reagido de forma variada às acusações e investigações em curso, com negações e defesas de suas respectivas posições.




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