Tudo É Justo: por que a série divide tanto críticas e público?

A polêmica em torno de Tudo É Justo

A série Tudo É Justo, disponível no Disney+, virou um dos casos mais curiosos do streaming recente. Enquanto a crítica classificou o título como um dos piores do ano, o público levou a produção ao topo da audiência e estabeleceu novos recordes para o selo Hulu.

Críticas severas e notas baixíssimas

Nos agregadores de opinião, o cenário é desastroso. No Metacritic, Tudo É Justo aparece com a nota 17 de 100. Já no Rotten Tomatoes, o índice não passou de 4%, sinalizando um consenso negativo forte sobre a construção narrativa, personagens e desenvolvimento geral.

Recordes de audiência no streaming

Mesmo com notas tão ruins, o interesse do público foi enorme. Em seus primeiros três dias, o drama registrou 3,2 milhões de visualizações no mundo, tornou-se a estreia mais vista de uma série original do Hulu e conquistou posições no top 10 de 76 países, assumindo o primeiro lugar no Brasil.

Por que tanta polarização?

O roteiro se apresenta como um drama jurídico ambientado em Los Angeles, mas o resultado lembra uma colagem de referências e situações desconexas. A série aposta em frases de impacto e momentos artificiais, criando uma experiência que, para muitos críticos, carece de autenticidade.

Ainda assim, existe quem interprete a obra como um gesto de ruptura. Em vez de seguir o padrão de dramas televisivos tradicionais, Tudo É Justo parece brincar com o vazio narrativo e com o próprio conceito de entretenimento. A proposta pode soar provocativa em um cenário saturado por fórmulas repetidas.

Reações fora das telas

As discussões também reverberaram nas redes. Glenn Close publicou uma ilustração satirizando críticos, enquanto Kim Kardashian respondeu ironizando as avaliações negativas e chamando o projeto de “a série mais aclamada do ano”. As declarações ajudaram a intensificar o debate sobre a produção.

Um retrato da era algorítmica

No fim, Tudo É Justo acaba funcionando como reflexo de um momento em que a recepção de uma obra não se limita mais à qualidade técnica. A série representa um tipo de produto moldado pelo impacto, pelo consumo acelerado e por um público que se relaciona com o streaming de forma diferente do modelo tradicional da TV.




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