Power Rangers: Roteirista admite erro em escalação polêmica dos Rangers Preto e Amarela

Tony Oliver, um dos responsáveis pela série original de Power Rangers, comenta decisão que gerou críticas raciais desde os anos 90
Quase três décadas depois da estreia de Mighty Morphin Power Rangers, a série ainda carrega polêmicas sobre suas primeiras escolhas criativas — e uma delas voltou a chamar atenção no episódio mais recente da série documental Hollywood Demons.
Tony Oliver, roteirista principal da fase clássica dos Power Rangers, comentou a escalação inicial dos personagens e reconheceu um erro que, mesmo na época, gerou desconforto nos bastidores: a escolha de um ator negro para o Ranger Preto (Walter Jones) e uma atriz asiática para a Ranger Amarela (Thuy Trang).
“Nenhum de nós estava pensando em estereótipos naquele momento. Foi um erro”, afirmou Oliver, revelando que só percebeu o impacto das escolhas depois que seu próprio assistente levantou a questão em uma reunião de produção.
Além da polêmica na escalação, os personagens acabaram reforçando estereótipos: Zack, o Ranger Preto, foi descrito como “o mais arrogante do grupo”, enquanto Trini, a Ranger Amarela, era “pacífica e a consciência da equipe”.
Nos bastidores, os próprios atores não estavam confortáveis com a situação. Em um vídeo antigo, o ator Walter Jones ironiza:
“Meu nome é Walter Jones. Eu sou negro e interpreto o Ranger Preto. Vai entender.”
A atriz Amy Jo Johnson (Ranger Rosa) também comentou a situação em uma entrevista anos depois:
“O Walter fazia piadas sobre isso, mas era desconfortável. Se foi sem intenção, ainda assim… sério? Isso nunca passaria hoje.”
Após a segunda temporada, Jones, Trang e Austin St. John (Ranger Vermelho) deixaram a série por uma disputa salarial. Depois disso, a produção passou a adotar um novo cuidado nas escalações, com Johnny Yong Bosch (ator asiático-americano) assumindo o manto do Ranger Preto e Karan Ashley (atriz negra) se tornando a nova Ranger Amarela.
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