O Agente Secreto quebra recordes de público, acumula prêmios internacionais e desponta como forte aposta do Brasil no Oscar 2026

O Agente Secreto consolida trajetória histórica no cinema brasileiro e mundial

Exibido pela primeira vez no Festival de Cannes, em maio deste ano, O Agente Secreto iniciou sua trajetória com uma recepção que já indicava o impacto que o filme teria ao longo da temporada. A produção dirigida por Kleber Mendonça Filho foi aplaudida por 13 minutos após os créditos, um sinal claro de que o longa ganharia destaque no circuito internacional.

Desde então, o filme brasileiro já acumula mais de 30 prêmios nacionais e internacionais, além de seleções em mais de 20 festivais, consolidando-se como um dos títulos mais relevantes do cinema mundial recente.

Cannes impulsiona reconhecimento internacional do longa

No próprio Festival de Cannes, O Agente Secreto saiu consagrado com dois prêmios importantes: melhor ator, para Wagner Moura, e melhor direção, para Kleber Mendonça Filho. A partir desse momento, o longa passou a integrar a lista de produções mais disputadas da temporada de premiações.

A produção é uma coprodução internacional entre Brasil, França, Países Baixos e Alemanha, refletindo um modelo de investimento contínuo no audiovisual, com destaque para o apoio da Petrobras, parceira histórica de projetos que fortalecem toda a cadeia do cinema nacional.

Reconhecimento em associações de críticos e festivais pelo mundo

Aclamado pela crítica, O Agente Secreto recebeu indicações de melhor filme de drama, melhor filme em língua não inglesa e melhor ator no Globo de Ouro 2026, cuja cerimônia acontece em 11 de janeiro, em Beverly Hills.

O longa também foi eleito o segundo melhor filme do ano e o melhor filme internacional pela Los Angeles Film Critics Association, enquanto Wagner Moura conquistou o segundo lugar na categoria de atuação principal.

Na New York Film Critics Circle, o filme venceu como melhor filme internacional, e Wagner Moura levou o prêmio de melhor ator, reforçando a força da produção na temporada. Além disso, o longa figurou em diversas listas de melhores filmes de 2025, incluindo publicações de prestígio como a The New Yorker.

Outro destaque foi a passagem pelo Festival Internacional do Novo Cinema Latino-Americano, em Havana, onde O Agente Secreto venceu cinco prêmios, incluindo melhor direção, melhor roteiro, direção de arte, montagem e música original.

Filme brasileiro entra forte na corrida pelo Oscar 2026

Com uma temporada arrebatadora, O Agente Secreto entrou na pré-lista do Oscar 2026 em duas categorias: melhor filme internacional e melhor elenco, esta última uma categoria inédita criada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

A expectativa é que o filme amplie sua presença entre os indicados, com Wagner Moura surgindo como forte candidato a melhor ator, percepção reforçada após a vitória do ator na Boston Online Film Critics Association, considerada um importante termômetro para o Oscar.

O anúncio oficial dos indicados acontece em 22 de janeiro, enquanto a cerimônia está marcada para 15 de março de 2026.

Fenômeno de público e marco histórico nas bilheteiras nacionais

Além do sucesso de crítica, O Agente Secreto também se tornou um fenômeno de público. Lançado nos cinemas brasileiros em 6 de novembro, o longa já ultrapassou a marca de 1 milhão de espectadores, tornando-se o primeiro filme produzido fora do eixo Sul-Sudeste a alcançar esse feito.

Atualmente, a produção segue em cartaz em mais de 200 salas de cinema em todo o Brasil.

Enredo e elenco reforçam força da produção nacional

Ambientado no Recife dos anos 1970, o filme acompanha Marcelo, personagem interpretado por Wagner Moura, um especialista em tecnologia que retorna à cidade natal em busca de tranquilidade, mas acaba confrontado por um cenário marcado por repressão e vigilância.

A narrativa combina suspense político e drama psicológico, abordando temas como controle estatal e autoritarismo. Além de Moura, o elenco reúne Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Carlos Francisco, Alice Carvalho, Roberto Diogenes e Hermila Guedes, entre outros nomes do cinema brasileiro.