Mauro Cid é preso por mentir ao STF e violar ordens de Moraes

Ex-ajudante de Bolsonaro descumpriu acordo de colaboração e segue preso

Mauro Cid foi preso nesta sexta-feira (13) por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro descumpriu ordens judiciais e mentiu durante seu depoimento, segundo informações da revista Veja e da CNN Brasil.

A prisão foi autorizada após o STF entender que Mauro Cid violou regras da colaboração premiada ao omitir informações e continuar se comunicando com outros investigados, contrariando ordens do ministro Alexandre de Moraes.

Carla Diaz Nua

Caio Castro Pelado

Thomaz Costa Pelado

Paloma Bernardi Nua

Perfil secreto expôs conversas proibidas

Durante um depoimento no Supremo, Mauro Cid negou conhecer o perfil no Instagram @gabrielar702, apontado como sendo usado por ele para manter contato com aliados de Bolsonaro. Apesar da negativa, prints obtidos pela Veja mostram que Cid utilizava o perfil para comentar detalhes das investigações e até para repassar informações sigilosas.

As mensagens, enviadas entre janeiro e março de 2024, revelam o que a revista classificou como “jogo duplo do delator”. O militar criticava os investigadores, questionava a atuação do STF e discutia estratégias com pessoas próximas ao ex-presidente.

Risco de perder benefícios da delação

O acordo de colaboração firmado por Mauro Cid exigia compromisso com a verdade. Ao mentir ou ocultar dados relevantes, ele coloca em risco todos os benefícios concedidos pela Justiça. O militar pode ter sua delação anulada e responder por novos crimes.

Nos bastidores, o advogado Celso Vilardi, que defende Jair Bolsonaro, já sabia das violações cometidas por Mauro Cid. A análise das mensagens foi considerada uma prova clara de desrespeito às determinações do ministro Alexandre de Moraes.

Depoimento conecta Bolsonaro a reuniões golpistas

Mesmo com a quebra de confiança, Mauro Cid manteve, em depoimento, a versão de que Jair Bolsonaro participou de reuniões com militares para tentar impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-ajudante também reafirmou que Bolsonaro acreditava em fraudes nas urnas eletrônicas e que chegou a contar com o apoio do então comandante da Marinha.

O Ministério Público acredita que as provas reunidas reforçam a suspeita de que Bolsonaro e aliados preparavam um golpe de Estado para mudar o resultado das eleições de 2022.




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