Os 22 Live-Actions da Disney, do Pior ao Melhor

Os live-actions da Disney se tornaram um fenômeno de bilheteria, mas também de debates acalorados. Muitos fãs e críticos acusam essas adaptações de serem caça-níqueis de nostalgia, sem a criatividade e o encanto das animações clássicas. Para eles, mesmo com uma produção técnica impecável, falta alma e inovação a muitos desses remakes.

Ainda assim, é impossível negar seu sucesso comercial e o fascínio que essas histórias continuam a exercer sobre novas e velhas gerações. Com lançamentos constantes, a discussão sobre a qualidade e relevância de cada filme só aumenta. Pensando nisso, preparamos o ranking definitivo dos 22 principais live-actions da Disney, classificados do pior para o melhor, com base em nossa análise crítica.

Confira a lista completa e veja se você concorda com nossas escolhas!

22. Branca de Neve (2025)

No fundo da nossa lista, Branca de Neve (2025) representa uma frustração profunda. A aguardada adaptação live-action da primeira princesa da Disney chegou em 2025, mas o resultado final foi uma grande decepção. O filme padece do mal que assombra muitos remakes: a ausência de alma e emoção genuína. Embora tente modernizar aspectos controversos da animação, como a representação dos anões, o roteiro é fraco e artificial.

Gal Gadot entrega uma Rainha Má que beira a caricatura, enquanto Rachel Zegler se esforça como a protagonista, mas não consegue salvar a obra. O visual excessivamente sintético quebra qualquer imersão, fazendo de Branca de Neve uma produção no piloto automático, que figura merecidamente em nosso último lugar.

21. Pinóquio (2022)

Se este filme passou batido por você, não se preocupe. Lançado em 2022, o live-action de Pinóquio é tão esquecível que só não está na última posição por um detalhe. A animação de 1940 já não é a mais popular, e esta versão conseguiu ser ainda menos marcante. Nem o talento de Tom Hanks como Gepeto ou de Cynthia Erivo como a Fada Azul conseguem salvar a produção. Para piorar, foi ofuscado pelo lançamento da aclamada versão em stop-motion de Guillermo del Toro no mesmo ano.

20. Alice Através do Espelho (2016)

Uma sequência que poucos lembram e menos ainda pediram. Alice Através do Espelho tenta expandir o universo do filme de 2010, mas falha em criar uma história envolvente. Apesar do visual ainda impressionante, a alma do primeiro filme desapareceu. Com a direção de James Bobin no lugar de Tim Burton, o elenco de estrelas, incluindo Mia Wasikowska, Johnny Depp e Helena Bonham Carter, parece desinteressado. A trama confusa sobre viagens no tempo e o overacting de Depp tornam a experiência cansativa.

19. Peter Pan & Wendy (2023)

A história de Peter Pan já foi contada inúmeras vezes, e esta adaptação da Disney não conseguiu se destacar. Peter Pan & Wendy sofre com uma direção que não combina com o tom da história e com a sensação de “mais do mesmo”. O filme parece mais preocupado em corrigir politicamente o material original do que em construir uma aventura mágica e cativante. Apesar do esforço de Jude Law para dar profundidade ao Capitão Gancho, o resultado é burocrático e sem encanto.

18. 102 Dálmatas (2000)

102 Dálmatas é o exemplo clássico da sequência desnecessária. O filme tenta replicar o charme de seu antecessor, mas entrega uma aventura que não adiciona nada de novo. Glenn Close retorna como uma Cruella de Vil ainda mais caricata, mas sem o mesmo impacto. O roteiro aposta mais nas travessuras dos cães do que em uma trama sólida, resultando em um passatempo leve que raramente é lembrado com afeto.

17. O Rei Leão (2019)

A busca obsessiva do diretor Jon Favreau pelo hiper-realismo em O Rei Leão foi, paradoxalmente, seu maior erro. Embora visualmente deslumbrante e fiel à animação de 1994, o filme parece um documentário da natureza, com animais que não conseguem expressar emoção. O que salva a produção é seu elenco de vozes estelar, com Donald Glover (Simba), Beyoncé (Nala) e o retorno lendário de James Earl Jones como Mufasa.

16. Mufasa: O Rei Leão (2024)

Seguindo a mesma estética hiper-realista de seu antecessor, Mufasa: O Rei Leão explora a origem do icônico rei. Dirigido por Barry Jenkins, o filme expande a mitologia com novos personagens, mas sofre do mesmo problema: a falta de expressividade emocional. A proposta de aprofundar a história de Mufasa é interessante, mas a execução, somada a músicas pouco memoráveis, resulta em um filme que carece de cor, ritmo e coração.

15. A Dama e o Vagabundo (2019)

Lançado diretamente no Disney+, este live-action de A Dama e o Vagabundo é uma adaptação digna, mas pouco ambiciosa. Assim como outros remakes realistas, a dificuldade em criar uma conexão emocional com os animais é um obstáculo. O filme acerta ao atualizar elementos problemáticos do original de 1955, mantendo a essência do romance. É uma produção fofa e familiar, mas que não deixa uma marca duradoura.

14. Mulan (2020)

Talvez o live-action que mais se distancia da animação original, Mulan (2020) dividiu opiniões. Ao remover as músicas e o dragão Mushu, a produção apostou em um tom mais sério e maduro, focando na jornada da heroína para se tornar uma guerreira por mérito próprio, sem a necessidade de um interesse amoroso para guiá-la. É um espetáculo visual de artes marciais que, por ter sido lançado durante a pandemia, não teve a chance de brilhar nos cinemas, afetando sua popularidade.

13. Dumbo (2019)

Dirigido por Tim Burton, o live-action de Dumbo trouxe um tom mais sombrio e melancólico, afastando-se da leveza da animação de 1941. Com um elenco estelar que inclui Colin Farrell, Danny DeVito e Michael Keaton, o filme abandona a simplicidade para tecer uma crítica ao capitalismo. Embora a dramaticidade excessiva tenha desagradado a muitos, a coragem de reimaginar a história de forma tão distinta merece reconhecimento.

12. Malévola: Dona do Mal (2019)

Outra sequência que ninguém pediu, mas que entrega um espetáculo visual. Angelina Jolie retorna como uma Malévola mais domesticada, enquanto Michelle Pfeiffer assume o posto de vilã principal. O filme expande o universo com mais ação e intrigas, mas perde parte do impacto do original. Apesar de um enredo esticado, Malévola: Dona do Mal é uma aventura mais competente que muitas outras da lista.

11. 101 Dálmatas (1996)

Um clássico da “Sessão da Tarde” que envelheceu bem. Lançado antes da febre dos remakes, 101 Dálmatas funciona por sua despretensão. O filme é carregado pela performance icônica de Glenn Close como Cruella de Vil, que abraça a caricatura e transforma a vilã em um símbolo de caos e glamour. A adaptação aposta em um tom cartunesco e diverte sem tentar reinventar a roda, oferecendo pura nostalgia.

10. Malévola (2014)

O filme que deu início à tendência de recontar histórias pelo ponto de vista dos vilões. Malévola capitalizou no carisma de Angelina Jolie, que entrega uma performance magnética como a anti-heroína. A produção reconta A Bela Adormecida com um viés sombrio e visualmente deslumbrante, transformando a vilã em uma figura trágica. Apesar de algumas inconsistências, o filme marcou época e abriu as portas para uma nova era de live-actions.

9. Alice no País das Maravilhas (2010)

A visão de Tim Burton para Alice no País das Maravilhas transformou o conto nonsense de Lewis Carroll em uma aventura épica e sombria. O filme é um marco visual, com Mia Wasikowska como uma Alice mais madura e Helena Bonham Carter roubando a cena como a Rainha Vermelha. Embora a narrativa nem sempre acompanhe a grandiosidade estética, seu sucesso de bilheteria foi fundamental para consolidar a onda de adaptações da Disney.

8. Lilo & Stitch (2025)

A mais recente adição ao catálogo, Lilo & Stitch superou o desafio de encontrar uma atriz mirim à altura. Maia Kealoha é uma Lilo carismática e cativante, carregando o filme com uma energia contagiante. A adaptação não reinventa a história de 2002, mas resgata o espírito das comédias familiares dos anos 2000. É um filme divertido e agradável que já desponta como um dos grandes sucessos de 2025.

7. A Pequena Sereia (2023)

Apesar de uma produção marcada por ataques racistas contra sua protagonista, Halle Bailey, A Pequena Sereia provou ser uma adaptação de alta qualidade. O talento vocal e o carisma de Bailey criaram uma Ariel inesquecível e poderosa. O filme também acerta em pequenas, mas significativas, mudanças na narrativa, permitindo que a protagonista explore seu desejo de conhecer o mundo humano de forma mais independente, tornando sua jornada ainda mais rica.

6. Cinderela (2015)

Dirigido com elegância por Kenneth Branagh, Cinderela é talvez o live-action mais seguro e clássico da Disney, e por isso mesmo, um dos mais eficientes. Lily James é a personificação da doçura e da resiliência, enquanto Cate Blanchett entrega uma madrasta impecável e cheia de glamour. Sem tentar reinventar a história, o filme aposta na emoção e em um visual de conto de fadas, resultando em uma obra calorosa e humana.

5. Cruella (2021)

Explorando a origem da vilã de 101 Dálmatas, Cruella é uma produção estilosa, ousada e surpreendente. Emma Stone brilha como a jovem e determinada Estella, que se transforma na icônica designer de moda. Ambientado na Londres punk rock dos anos 1970, o filme se destaca pela trilha sonora, figurinos deslumbrantes e uma trama de rivalidade e vingança que humaniza a personagem de forma inteligente e criativa.

4. A Bela e a Fera (2017)

À altura da primeira animação indicada ao Oscar de Melhor Filme, o live-action de A Bela e a Fera é uma celebração da magia do original. Emma Watson estrela como Bela em uma produção que recria com cuidado o universo encantado, desde o castelo até os objetos animados. As novas versões das canções clássicas e a fidelidade à emoção da história garantem seu lugar como uma das melhores adaptações já feitas.

3. Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível (2018)

Uma carta de amor à infância perdida. Christopher Robin adota uma abordagem melancólica para falar diretamente com os adultos que cresceram com o Ursinho Pooh. Ewan McGregor interpreta o protagonista, agora um homem desiludido com a vida adulta, que reencontra seus amigos do Bosque dos Cem Acres. É um dos live-actions mais delicados, sinceros e emocionantes da Disney, um lembrete tocante sobre o que realmente importa na vida.

2. Aladdin (2019)

Aladdin é o exemplo perfeito de como um remake live-action pode dar certo. O filme acerta em cheio ao trazer Will Smith como um Gênio carismático e hilário, que homenageia Robin Williams sem imitá-lo. Mena Massoud e Naomi Scott brilham como Aladdin e uma Jasmine mais forte e empoderada, que ganha até uma canção solo. Divertido, vibrante e cheio de energia, Aladdin se destaca como uma adaptação que captura e expande a magia do original.

1. Mogli: O Menino Lobo (2016)

No topo da nossa lista, Mogli: O Menino Lobo continua sendo o padrão-ouro para os live-actions da Disney. O diretor Jon Favreau alcançou o equilíbrio perfeito entre homenagear a animação de 1967 e entregar uma narrativa mais madura e visualmente revolucionária. O estreante Neel Sethi entrega uma performance incrível como Mogli, contracenando com animais em CGI de um realismo impressionante. O filme tem técnica, alma, coração e uma aventura envolvente que encanta todas as gerações, sendo, até hoje, a melhor adaptação do estúdio.




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