Mauricio de Sousa faz 90 anos e celebra legado da Turma da Mônica

O Brasil celebra neste 27 de outubro os 90 anos de Mauricio de Sousa, o criador da Turma da Mônica e um dos nomes mais importantes da cultura nacional. Responsável por transformar personagens simples em ícones eternos, o artista construiu um universo que atravessa gerações e segue encantando leitores em todo o mundo.

De repórter policial ao pai da Turma da Mônica

Nascido em Santa Isabel (SP), em 1935, Mauricio de Sousa começou sua trajetória como repórter policial antes de se dedicar integralmente aos quadrinhos. Em 1959, ele criou seu primeiro personagem, Bidu, o carismático cão azul que rapidamente conquistou os leitores do jornal Folha da Manhã.
O sucesso abriu caminho para o surgimento de Franjinha, Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali, personagens inspirados em seus próprios filhos. Com o tempo, essas criações deram origem ao universo da Turma da Mônica, hoje parte essencial da cultura brasileira.

Um império de imaginação e afeto

As histórias da Turma da Mônica ultrapassaram as páginas dos gibis e chegaram às telas, aos teatros e aos parques temáticos. A expansão também alcançou o público jovem com a Turma da Mônica Jovem, lançada em 2008 em estilo mangá.
Atualmente, as obras de Mauricio são publicadas em mais de 50 países, traduzidas para diversos idiomas e somam mais de 1 bilhão de revistas vendidas. Com esse feito, ele se coloca ao lado de lendas como Walt Disney e Charles Schulz (Peanuts).

Além do entretenimento, o cartunista sempre usou seus personagens para abordar temas como educação, inclusão, meio ambiente e diversidade, incentivando valores de empatia e cidadania.

Legado, homenagens e novos projetos

Mesmo aos 90 anos, Mauricio de Sousa segue ativo na Mauricio de Sousa Produções, supervisionando novas animações e parcerias internacionais. Sua carreira é marcada por centenas de prêmios e homenagens no Brasil e no exterior, incluindo uma grande exposição no Museu da Imagem e do Som (MIS), em 2019.
Em recente entrevista, ele resumiu sua motivação:

“Enquanto eu tiver ideias, quero continuar contando histórias. A imaginação não tem idade.”

O país celebra não apenas o artista, mas o homem que transformou o lápis e o papel em símbolos de amizade, humor e esperança. Com personagens que ensinam valores simples e universais, Mauricio de Sousa permanece como uma das vozes mais queridas da cultura brasileira.




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